12.11.2013

sem título, sem nada

Primeiro, aquilo de que um Amante sente falta é da própria falta. Perguntamo-nos se, em vez de Amar, não seria melhor procurar eternamente o Amor como se ele estivesse à nossa espera na próxima esquina, percorrendo assim todas as esquinas da vida até esta se apagar num ligeiro sopro de alívio.
Procurar o Amor, viver nessa expectativa, é uma infelicidade tão próxima da felicidade que chegamos a acreditar que vale a pena. Talvez valha. Sei lá.
O que eu sei é que há um momento em que acreditamos que não. É quando damos a mão a alguém que nos estende a sua e tudo o resto perde a importância. A árvore que nos observa do meio da avenida, o polícia que multa um carro em segunda fila ou o resultado dum jogo de futebol. Tudo se engrandece para se reduzir a nada.
Porque o Amor é o único capaz de viver do nada.

11 comentários:

Anónimo disse...

Acho que há um momento em somos vencidos pelo cansaço. Não o cansaço de procurar mas o cansaço de acreditar que vamos encontrar o Amor.
E depois ainda há o momento em que a pessoa que nos estende a mão a tira passado pouco tempo a seguir. Nesse momento junta-se ao cansaço a falta de esperança e o Amor morre.

Fatyly disse...

Forte e real. Gostei!

Dúvidas e Certezas disse...

Bela descrição, é isso mesmo, tudo se altera :)

nos"entas!!!! ( e feliz) disse...

Bolas....potente!!
até estou sem fala...
é isso mesmo..
SEI LÀ!!
Beijinhos Bagaço :)

Ivar C disse...

anónimo, percebo bem... mas nunca morre, talvez adoeça. :)

fatyly, obrigado. :)

Dúvidas e Certezas, obrigado. :)

nos"entas!!!! ( e feliz), obrigado. beijinhos. :)

Unknown disse...

Bela descrição da desesperança no amor. Deixe lá, junte-se ao clube ;)

Ivar C disse...

pedras calçada, é giro... porque não era esse o meu objectivo. :)

Teresa Margarida Costa disse...

Gostei do momento! É isso! Do tudo se faz nada e vice-versa quando o amor acontece ou nós o inventamos.
É dessa capacidade do viver do nada em extrema felicidade que sentimos falta...
Mesmo que até sentirmos essa falta se julgue "estar" a amar alguém.

Anónimo disse...

Tive um amor (ou pensava que tinha) e ele foi-se. Depois, andei tempos e tempos à procura de um novo amor. Não o via em lado nenhum. Até que desisti de procurar. E foi quando desisti que ele me disse baixinho ao ouvido "estou aqui, estive sempre aqui! Mas tu, tão distraída que andavas à procura de algo que só existia na tua cabeça, nunca me deste atenção." O amor não quer que andem à procura dele, ele vem quando nos sente preparados.

Anónimo disse...

Já deixei de acreditar no amor na sua plenitude, acredite sei do que falo, temos mesmo de viver um dia de cada vez, e nada estar à espera de príncipes encantados, viver um dia de cada vez, este é o meu lema..

jinhos

j

Ivar C disse...

teresa costa, obrigado. :)

anónima, já ouvi essa opinião várias vezes e eu próprio a tenho. :)

j, nunca acreditei em princesas, mas acredito no Amor na sua plenitude, que é precisamente um dia de cada vez. beijinhos. :)