12.23.2006

colibri

Colibri oscula com cheiros
Transeuntes sós na margem da avenida

Cheiram elas a ermos olhares
Sobre extensões de prados secos
Que o tempo a tornou sequiosa dum estado triste

Cobiça o ranho que alguém bebe por uma caneca suja
E adormece com a cabeça no volante
Que buzina sem ninguém ouvir

Depois esvoaça desbotada entre reclamos luminosos intermitentes
E quando alguém soqueia o pára-brisas para a acordar
Colibri já não está ali
Oscula, com cheiros, transeuntes sós na margem da avenida

3 comentários:

Cláudia disse...

Feliz Natal!!!

Cláudia

tamagoxi disse...

Feliz Natal para ti e para os teus

Ivar C disse...

cáudia e tamagoxi, boas para vocês também, e obrigado. ;)