11.16.2006

a vida não é só coincidências...

Um telefonema a meio da tarde do meu amigo ******. Foda-se, está a passar pelo mesmo que eu passei. Bateu no fundo, disse ele, e não sabe “se aguenta”.

Eu – Aguentar aguentas, não te preocupes.
Ele – Como?
Eu – Não sei. Isso vai-te bater e vai mesmo. Tem que ser. Não te vou dar conselhos porque não os tenho. Mas se quiseres, logo à noite, podemos sair juntos e beber até cair. Amanhã é sexta e chego um bocado tarde a Aveiro, mas se for amanhã ainda é melhor...
Ele – Sabes que eu não bebo.
Eu – Mais fácil fica. Com duas ou três cervejas já estás noutro planeta.
Ele – Não digas a ninguém, pá. Não quero que se saiba.
Eu – Está bem, vou só pôr num blog que tenho...
Ele – Ahn?!
Eu – Nada, nada... olha, a sério que te parece que a vida é a maior merda que pode haver, mas também é a sério que isso passa. Passa mesmo. Fica sempre uma pedrinha na alma mas aprendemos a viver com ela. Pelo menos tás fixe com a ********?
Ele – Nunca mais quero ver essa **** à frente...
Eu – Pois... Tem calma e não faças asneiras. A sério, não fales com ela antes de eu falar contigo. Aguenta-te! Olha, tou em Espinho mas vou jantar a Aveiro contigo, pode ser?
Ele – Pode...
Eu – Depois ainda venho trabalhar à noite, tem que ser. Se quiseres sair outra vez à meia-noite tás na boa.
Ele – Ok, Aonde?
Eu – Telefono-te quando chegar...
Ele – Mas não bebo...
Eu (só em pensamento) – Foda-se!

(agora ele está ali, no sofá da sala, porque lhe apetece estar sozinho. Eu tenho que ir trabalhar daqui a pouco e tou aqui no quarto a escrever isto e a ouvir aquela segunda música que pus na jukebox, da Rikk, e que tem uma voz éne sensual. A vida não é só coincidências...)

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