10.16.2006

conversa 24

Conversa no carro, sentido Porto-Aveiro, com ela a olhar para uma fotografia dela tirada há dois anos e não sei quantos meses...

Ela – O tempo não existe, pois não?
Eu – Ahn?!
Ela – Se estiveres a olhar para uma fotografia consegues perceber que o tempo não existe...
Eu – Pois, mas se estiveres a olhar para a tua fotografia e depois te vires ao espelho, acho que acabas por perceber que o tempo existe.
Ela – Não tens sensibilidade nenhuma. Não percebes que devias concordar comigo?
Eu – Opá, percebo, mas tenho medo que fiques demasiado tempo a olhar para uma fotografia a pensar que o tempo não existe. Depois, quando reparares que o tempo existe pode até já ter passado demasiado tempo, percebes?
Ela- E o que é que aconselhas?
Eu – Não é a minha especialidade, este tipo de conselhos, mas eu pendurava a fotografia num sítio onde a pudesse ver de relance muitas vezes...
Ela – Tu ou eu?
Eu – Se eu fosse a ti...
Ela – Quer dizer que tu não gostas desta fotografia...
Eu (só em pensamento) – Foda-se!

3 comentários:

Anónimo disse...

Há dias em que o pragmatismo masculino choca com o romantismo feminino... E isto é quase uma lei universal...

Ivar C disse...

Patrícia, não me achei assim muito pragmático nesta questão. Bem, sei lá, não compreendo... ;)

vague disse...

eheheh